Edgar Silva nos distritos de Coimbra e Viseu

Pelos serviços públicos <br/>e a produção nacional

No dia 4, o candidato às eleições presidenciais visitou instituições nos concelhos de Montemor-o-Velho, Coimbra e Cantanhede, antes de participar num jantar com apoiantes em Mangualde.

Garantir o direito à saúde passa pela defesa do SNS universal, geral e gratuito

A visita do candidato comunista ao distrito de Coimbra teve como objectivo contactar com entidades, populações, trabalhadores e utentes de serviços, de forma a aprofundar o conhecimento da região. 
Na parte da manhã, Edgar Silva visitou a Cooperativa Agrícola de Montemor-o-Velho, onde teve oportunidade de contactar com a realidade dos agricultores do Baixo Mondego. Ali, foi sublinhada a necessidade de conclusão da obra hidro-agrícola do Mondego, que é fundamental para a capacidade de produção agrícola e o desenvolvimento da região. A não finalização da obra, prometida há mais de 30 anos, prejudica os produtores agrícolas, nomeadamente através do encarecimento dos custos de produção, que são elevados. Foi ainda revelado que, apesar de a obra e o emparcelamento estarem concluídos no vale principal, o mesmo não se passa nos vales dos rios Pranto, Arunca, Ega e Foja.
A necessidade de defesa e promoção da produção nacional esteve entre as preocupações transmitidas ao candidato pelos agricultores, que destacaram o facto de o arroz carolino do Baixo Mondego – ao qual foi reconhecido o estatuto de Identificação Geográfica Protegida – ser um produto único, com características que deveriam ser potenciadas. Igualmente referido foi o prejuízo causado ao sector agrícola nacional pela posição dominante da grande distribuição no mercado e pela importação desregulada de produtos agrícolas, que muitas vezes não cumprem as exigências a que estão obrigados os produtores portugueses.

Defesa do SNS

Ao início da tarde, o candidato contactou com trabalhadores e utentes dos Hospitais da Universidade de Coimbra, tendo sublinhado a necessidade de defender esta unidade hospitalar, num quadro em que a fusão dos hospitais de Coimbra e o encerramento de muitas unidades de saúde levaram à desestruturação de equipas, à degradação de serviços e à redução da sua capacidade de resposta. Há que inverter este rumo e defender o Serviço Nacional de Saúde universal, geral e gratuito, como forma de garantir o direito à saúde consagrado na Constituição da República, salientou.
Também em Cantanhede, no encontro de Edgar Silva com representantes dos trabalhadores e com a administração do hospital ficou clara a necessidade de defesa do Hospital Público de Cantanhede, contra a sua privatização, e do Serviço Nacional de Saúde, tal como propugna a Constituição.
Na ocasião, foi referido que o anterior governo publicou uma portaria de acordo com a qual o Hospital de Cantanhede ficava fora da rede pública do SNS – preparando-se para o entregar à Misericórdia, depois de ter requalificado o edifício com dinheiro público.
A saída de profissionais para outras unidades, gerada pela insegurança laboral, foi outro dos aspectos relevados no encontro, assim como a necessidade de dotar o hospital com mais médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e outros técnicos – um reforço necessário do quadro que é dificultado por regras de contratação restritivas e que tem, como consequência, o aumento do trabalho com vínculos precários.
Apesar do corte de 36 por cento no orçamento relativamente a 2011, a unidade hospitalar continua a responder com qualidade às necessidades dos utentes, que, tal como os profissionais, contestam a sua privatização. A Edgar Silva, que manifestou a sua solidariedade com a defesa da unidade de saúde, foi ainda revelado que o abaixo-assinado em defesa do hospital, entregue na Assembleia da República, recolheu mais de 5000 assinaturas.
 

Manter aberta a porta
da esperança

Na sexta-feira, a última iniciativa da candidatura de Edgar Silva à Presidência da República decorreu em Mangualde. Num jantar com mais de 150 apoiantes, o candidato comunista vincou a ideia de que «estamos num tempo novo», de «esperança e de confiança».
Antes da sua intervenção, o mandatário distrital, José Pessoa, que estava na mesa juntamente com dirigentes nacionais do PCP, membros da DOR de Viseu e da Comissão Concelhia de Mangualde, retratou, de forma desenvolvida, a situação económica e social do distrito, e destacou a biografia do candidato.
Edgar Silva, por seu lado, começou por salientar as carências das populações no distrito de Viseu, bem como as suas lutas em defesa dos serviços públicos. Depois, na análise à realidade política nacional, afirmou que a «direita está raivosa, rancorosa» pela derrota sofrida nas eleições de 4 de Outubro, e que quer fazer das eleições para a Presidência da República uma segunda volta desse acto eleitoral, a «hora da vingança».
A propósito das eleições presidenciais, alertou que o candidato da direita, Marcelo Rebelo de Sousa, sendo «o sucessor natural de Cavaco Silva», pode constituir-se como «força de bloqueio, para travar as medidas mais progressistas, mais avançadas», que respondem «às justas reivindicações e lutas do povo e dos trabalhadores».
Edgar Silva sublinhou a importância de, a 24 de Janeiro, não permitirmos que «se feche a porta de esperança que agora se abriu», acrescentando que a sua candidatura – empenhada em cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa e defender os valores de Abril – é a mais bem posicionada para atingir esse objectivo.




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